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O desfile da Victoria's Secret retorna com um enfoque mais inclusivo, apresentando modelos trans e plus size em uma abordagem politicamente correta.

  • Foto do escritor: Guilherme Serrano Rodrigues
    Guilherme Serrano Rodrigues
  • 15 de out. de 2024
  • 3 min de leitura

O evento da Victoria's Secret faz seu retorno ao calendário fashion nesta terça-feira (15), após enfrentar críticas contundentes sobre a falta de diversidade e as acusações de assédio contra um de seus executivos. A brasileira Valentina Sampaio é uma das modelos que participa do desfile, simbolizando essa nova fase mais inclusiva da marca.

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Nesta terça-feira (15), a Victoria's Secret marcou seu retorno ao calendário da moda com um desfile que buscou deixar para trás as polêmicas do passado e abraçar uma nova fase, mais inclusiva e diversificada. Realizado após quatro anos de ausência, o evento foi uma tentativa clara da marca de se reposicionar, trazendo para a passarela modelos trans, plus size e representantes de diferentes etnias, em resposta às críticas que vinham enfrentando quanto à falta de representatividade e questões de assédio.


A brasileira Valentina Sampaio, uma das principais atrações do desfile, representou um marco histórico para a marca, sendo a primeira modelo trans a desfilar para a Victoria's Secret. Sua participação simboliza a nova abordagem da empresa, que busca refletir os valores e as expectativas atuais da sociedade, ampliando os padrões de beleza e promovendo uma imagem mais inclusiva.


Mudança de rumo


O retorno ao calendário da moda acontece após a suspensão do tradicional desfile anual em 2019, quando a marca passou a ser criticada pela ausência de diversidade em suas campanhas e na passarela, além de enfrentar acusações de assédio contra Ed Razek, ex-diretor de marketing. As controvérsias afetaram tanto a imagem quanto as vendas da Victoria's Secret, levando a empresa a repensar suas estratégias e reformular sua identidade.


Nos últimos anos, a marca investiu em iniciativas para se distanciar do antigo estereótipo de "Angels", substituindo as supermodelos de corpos padronizados por mulheres com histórias inspiradoras e perfis variados. Além disso, a criação do "VS Collective" — um grupo de embaixadoras formado por personalidades como a atleta Megan Rapinoe e a atriz Priyanka Chopra — representou uma tentativa de se reconectar com o público por meio de uma comunicação mais autêntica.


Um novo espetáculo


O desfile deste ano, realizado em Nova York, buscou se afastar do glamour exagerado do passado para adotar uma estética mais contemporânea e acessível. O evento contou com apresentações musicais intimistas, luzes suaves e uma cenografia mais minimalista, destacando as modelos e suas histórias. As peças apresentadas trouxeram uma combinação de sensualidade e conforto, refletindo a mudança nas tendências de lingerie que priorizam a funcionalidade e o bem-estar.


A inclusão de modelos trans, plus size e de diferentes etnias marcou um contraste evidente com os desfiles anteriores, nos quais predominavam corpos considerados "perfeitos" e um padrão de beleza restrito. Entre os destaques, além de Valentina Sampaio, estiveram nomes como Paloma Elsesser, modelo plus size que vem ganhando espaço nas principais passarelas do mundo, e Sofía Jirau, a primeira modelo com síndrome de Down a participar de um desfile da Victoria's Secret.


Repercussão e desafios


A recepção ao novo formato do desfile foi mista. Enquanto muitos elogiaram a tentativa da marca de se reinventar e abraçar a diversidade, houve quem considerasse a mudança tardia e insuficiente. As críticas levantaram questões sobre a autenticidade da transformação e se a empresa está de fato comprometida com os valores que agora defende, ou se apenas adotou uma postura "politicamente correta" para melhorar a imagem diante do público.


Ainda assim, a nova abordagem foi vista como um passo importante para a Victoria's Secret em sua tentativa de se alinhar com os tempos atuais e reconquistar consumidores que se afastaram nos últimos anos. A marca parece disposta a aceitar o desafio de transformar sua imagem e acompanhar a evolução do mercado, onde a inclusão e a representatividade são cada vez mais essenciais.


O futuro da Victoria's Secret


O retorno do desfile marca o início de uma nova era para a Victoria's Secret, que busca se redefinir no competitivo mercado da moda íntima. O sucesso dessa reformulação dependerá de como a marca continuará a evoluir e se adaptar às mudanças sociais, indo além da passarela para se engajar de forma autêntica com seu público.


Para muitos, o desfile deste ano é apenas o primeiro passo em uma jornada de reconstrução. Se a marca conse



guirá ou não se libertar do passado e ser reconhecida por uma nova geração de consumidores, dependerá de seu compromisso contínuo em promover a diversidade e apoiar causas relevantes para a sociedade atual.

 
 
 

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